Os paraibanos que continuam presos nos presídios da Papuda e Colmeia (feminino) podem pegar, se condenados, mais de 40 anos de prisão por participação nos atos antidemocráticos e terroristas praticados em Brasília no último domingo (8). A informação é do advogado João Alberto, que representa os paraibanos presos.

Segundo João Alberto, os paraibanos devem responder pelos crimes de ato terroristas, associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, perseguição e ameaça. Somadas, as penas desses crimes ultrapassa 40 anos de prisão.

Sobre as prisões, ele relatou que um ônibus com cerca de 60 paraibanos saiu da região metropolitana de João Pessoa e foi até Brasília. Destes, os que tinham mais de 65 anos e pessoas com comorbidades foram liderados, os demais, permanecem presos.

João Alberto sustenta que a prisão dos paraibanos é irregular, já que a ampla maioria não participou dos atos de depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e estavam nos acampamentos em frente ao Quartel General do Exército, que ficam a 6km da Praça dos Três Poderes.

Ele pontuou que só está fazendo a defesa porque estes não participaram, porém, defendeu a manutenção da prisão dos que invadiram o local. “A maioria desses paraibanos presos estavam no QG do Exército e não foram à Praça dos Três Poderes. A gente só defende alguém que não tenha participado desses atos criminosos, quem participou nós defendemos que continue preso”, disse.

“Mas, grande parte são pessoas que não tem capacidade física de ter participado da depredação. Estamos tentando liberar essas pessoas que estejam presas e não tenha participação nos atos criminosos até sexta-feira”, disse o advogado d.