Pobre futebol paraibano: manobras e armações marcam pleito na PFP

POR PETTRONIO TORRES

Façam um raciocínio rápido. O que aconteceria com o futebol paraibano se o poder público resolvesse não mais subsidiar os custos dos estádios Almeidão, Amigão, Perpetão, Marizão e José Cavalcante, além de não bancar mais a energia elétrica destas praças esportivas, a segurança pública e cotas de patrocínio?

Falência, claro.

Pois bem, este é o retrato atual do futebol paraibano, que nos últimos quatro anos ficou mais sofrido, com clubes mais pobres e endividados. Pra não dizer falidos e quebrados.

Até os gigantes daqui, como o Treze, de imensa torcida, vem sofrendo, também, por causa das gestões desastrosas na entidade representativa, que era para ajudar e fortalecer os clubes filiados.  Mas, hoje, só quem cresce e prospera é ela, a Federação Paraibana de Futebol e o gestor ou gestora da hora. Claro.

Salvo raríssimas exceções, como o Botafogo, por exemplo, ainda consegue sobreviver.

O que dizer então do Naça, o Nacional de Patos, que no início do campeonato deste ano, foi despejado do Hotel JK por falta de pagamento e perdeu por W a O seu primeiro jogo por que não tinha jogadores inscritos na competição.

Vergonha.

Hoje, a FPF é comandada pela advogada Michelle Ramalho, eleita há quatro anos em um processo muito duvidoso e contestado até hoje nos tribunais. E pelo andar da carruagem, teremos mais uma eleição decidida no tapetão.

A atual presidente, em uma manobra pequena, infeliz, indiscreta e rasteira está querendo antecipar as eleições deste ano na FPF. Pleito este que só acontece, tradicionalmente, no final dos mandatos, ou seja, novembro ou dezembro de ano eleitoral. Desde a época Juracy Pedro Gomes (Im memorian), era assim.

Diante de tudo isso ficam duas perguntas.

O que e por que Michelle pretende antecipar o pleito?

O edital foi lançado e marca as eleições para o dia 23 de maio.

O empresário e candidato de oposição, Arlan Rodrigues já acionou a justiça comum, através de seus advogados, para tentar brecar essa antecipação do pleito.

No entanto, o que chama muito a atenção no edital, mais do que a própria antecipação do pleito, é que ele não tem nenhum paraibano em sua composição de colegiado.  Os seis membros, três titulares e três suplentes, não sabem onde fica o Parque Solon de Lucena, a nossa Lagoa, cartão postal mais popular da capital paraibana.

Por que nenhum paraibano ?

Aliás, falando em forasteiro, quem não lembra do goiano da CBF, que veio coordenar as eleições de 2018na FPF, desembarcando na Odon Bezerra, em Tambiá, aos 45 do segundo tempo, e aos 46 filou uma nova agremiação, mesmo sem poder, com isso, aos 47 empatando o pleito com Eduardo Araújo, e aos 48, sem direito a VAR, ao apagar das luzes, desempatou a disputa nos critérios técnicos. Ganhava-se, ali, o campeonato da eleição, que, como já disse, ainda está sub judice.

Esse é o futebol paraibano.

Essa é a FPF, que assim como a mãe CBF, é um poço de lamaçal, tão profundo que não se vê o fim.

 

 

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