Enfim, Queiroga mandar vacinar as crianças

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quarta-feira (5) a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.

Entre as regras, o Ministério da Saúde abriu mão da exigência de receita médica para imunização dessa faixa etária após consulta pública.

De acordo com o governo:

  • a vacinação será feita em ordem decrescente de idade (das crianças mais velhas para as mais novas), com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente;
  • autorização por escrito só será necessária se não houver pai, mãe ou responsável presente no momento em que a criança for vacinada;
  • o Ministério da Saúde orienta que os pais “procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização” – mas não exigirá receita médica para aplicar a vacina;
  • a primeira e a segunda dose serão aplicadas com intervalo de oito semanas.

Segundo o IBGE, o Brasil tem cerca de 20,5 milhões de crianças nessa faixa etária. O Ministério da Saúde informou nesta quarta que já encomendou “mais de 20 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer” – o que seria suficiente para a primeira dose, mas não para completar o ciclo vacinal.

“A previsão é que essas [20 milhões de] unidades sejam entregues no primeiro trimestre deste ano. Até o fim de janeiro, a estimativa é que 3,7 milhões de doses cheguem ao pais”, diz documento divulgado pelo Ministério da Saúde.

Essas 3,7 milhões de doses devem chegar ao país em três voos distintos, sendo um por semana. De acordo com o governo, o cronograma previsto é:

  • 13 de janeiro: primeiro voo com 1,248 milhão de doses;
  • 20 de janeiro: segundo voo com 1,248 milhão de doses;
  • 27 de janeiro: terceiro voo com 1,248 milhão de doses.

Durante a coletiva, Queiroga afirmou que a segurança e a eficácia da vacina pediátrica da Pfizer – que é aplicada em dose menor, em relação à versão para adultos – já foi atestada por diversas agências internacionais.

“Isso foi testado através de ensaios clínicos e já logrou aprovação em agências sanitárias respeitáveis, a exemplo do FDA [agência dos Estados Unidos], da Agência Europeia de Medicamentos, e agora teve o aval da Anvisa. Portanto, a Anvisa atestou a segurança regulatória”,

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