Coordenador do Gaeco diz que decisão do STJ de manter RC solto faz parte da democracia

O promotor Octávio Paulo Neto, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Paraíba, comentou a recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) mantendo a liberdade do ex-governador Ricardo Coutinho, que foi preso no âmbito da Operação Calvário. Octávio comentou que a decisão faz parte do processo democrático e declarou que o trabalho de combate à corrupção e ao crime organizado irá continuar.

“Eu acho isso uma questão extremamente normal, natural, faz parte do processo democrático. Não nos compete nos imiscuirmos, nos introjetarmos nesse espeço decisório”, declarou. “Eu acho que os órgãos de persecução e controle no Brasil têm que ter resiliência e a gente tem que persistir”.

Ele comentou ainda que “não somos os donos da verdade, mas temos as nossas verdades e vamos sustentá-las até o fim. Uma vez que estamos convictos que o trabalho está sendo bem feito e que é necessário determinadas medidas e determinadas ações. E, se porventura o judiciário não acolher, a gente vai buscar os recursos e os meios necessários como tem sido feito. E não tem nenhum problema o judiciário entender de maneira diversa, da mesma forma que também não tem problema nenhum da gente buscar os recursos adequados”.

Além disso, Octávio Paulo Neto ressaltou que “o nosso trabalho a gente tem feito de maneira esmerada, de maneira serena, equilibrada. E a gente vai continuar fazendo”. O promotor destacou também o posicionamento do Ministério Público Federal, que buscou recurso para manter Ricardo Coutinho preso para aguardar o julgamento. “Inclusive, um fato que chama atenção nessa questão do julgamento é a forma como o Ministério Público Federal se portou, digna de todos os elogios, que buscou recompor logicamente todo o contexto que a gente vem defendendo”.

Apesar da decisão do STJ, Octávio Paulo Neto declarou que “uma coisa que a gente precisa dizer é que a gente cuida do pecado, e não do pecador. A gente está fazendo o trabalho da gente. A gente é pago por isso”. O trabalho de investigação dos órgãos continuará, garante o coordenador do Gaeco. “Para a gente, qualquer pessoa que se contraponha à improbidade, merece ser alvo das nossas ocupações. Independentemente de quem seja, governador, ex-governador, prefeito, vereador, secretário”.

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